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A Caçada a Carla Zambelli: Quando a Justiça se Torna Instrumento de Perseguição Política

A Caçada a Carla Zambelli: Quando a Justiça se Torna Instrumento de Perseguição Política

A recente ordem de prisão preventiva contra a ex-deputada federal Carla Zambelli, emitida pelo ministro Alexandre de Moraes e acompanhada de um pedido de inclusão na lista vermelha da Interpol, representa mais um capítulo preocupante na escalada autoritária que ameaça as liberdades individuais e o Estado de Direito no Brasil.

A Criminalização da Oposição Conservadora

Carla Zambelli, figura proeminente da direita brasileira, tem sido alvo constante de investigações e ações judiciais que, sob o pretexto de combater crimes, parecem visar silenciar vozes dissidentes. Desde sua cassação em março de 2025, decorrente de um episódio controverso ocorrido em 2022, Zambelli enfrenta uma série de acusações que incluem porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. No entanto, a intensidade e a natureza das medidas adotadas contra ela levantam sérias dúvidas sobre a imparcialidade e a motivação política por trás dessas ações.

A recente operação autorizada por Moraes, que incluiu a apreensão de eletrônicos, armas e a quebra de sigilo bancário, além da busca por “cômodos secretos” em suas residências, extrapola os limites do razoável e sugere uma tentativa de intimidação e constrangimento público. A inclusão de Zambelli na lista da Interpol, geralmente reservada para criminosos internacionais perigosos, é uma medida desproporcional que reforça a percepção de perseguição política.


O Perigo do Ativismo Judicial

O ativismo judicial demonstrado por Alexandre de Moraes, que acumula poderes investigativos, acusatórios e julgadores, representa uma ameaça ao equilíbrio entre os poderes e à democracia brasileira. A concentração de autoridade em uma única figura do Judiciário, sem os devidos freios e contrapesos, abre precedentes perigosos para a criminalização da oposição e a supressão de direitos fundamentais.

A atuação de Moraes, que já foi criticada por diversos juristas e entidades de defesa dos direitos humanos, evidencia uma tendência preocupante de utilização do aparato judicial para fins políticos. A perseguição a Zambelli é apenas um exemplo de como o sistema de justiça pode ser instrumentalizado para silenciar adversários e consolidar uma narrativa única no cenário político nacional.


A Necessidade de Resistência e Mobilização

Diante desse cenário alarmante, é imperativo que os defensores da liberdade, da democracia e do Estado de Direito se mobilizem para denunciar e combater os abusos de poder que vêm sendo perpetrados sob o manto da legalidade. A solidariedade a Carla Zambelli não deve ser vista apenas como um apoio a uma figura política específica, mas como uma defesa dos princípios fundamentais que sustentam a convivência democrática.

É essencial que a sociedade civil, os parlamentares comprometidos com a Constituição e as instituições independentes se posicionem contra a escalada autoritária e exijam a restauração do equilíbrio entre os poderes, o respeito às garantias individuais e a preservação das liberdades civis.


Conclusão

A perseguição a Carla Zambelli é um sintoma de um mal maior que assola o Brasil: a erosão das instituições democráticas e o avanço de um autoritarismo disfarçado de legalidade. A defesa da liberdade de expressão, do devido processo legal e da separação de poderes não é uma causa de direita ou esquerda, mas uma luta de todos os brasileiros que desejam viver em uma sociedade justa, livre e democrática.

É hora de despertar para a realidade e agir antes que seja tarde demais.

Leia mais sobre o assunto aqui: https://revistaoeste.com/politica/moraes-manda-prender-carla-zambelli-e-pede-inclusao-em-lista-da-interpol/

 

A Caçada a Carla Zambelli: Quando a Justiça se Torna Instrumento de Perseguição Política

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